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NOIS TAMBÉM QUER TIRAR UM LAZER! 1 ANO DE BAILE DO PLACO

  • Foto do escritor: rpretas
    rpretas
  • 6 de fev. de 2020
  • 2 min de leitura

Texto por Luana Protazio

Fotos: Letícia de Maceno e Caroline Viúdes


Há um ano atrás, quem passava por certa altura da Avenida Duque de Caxias em Bauru, se deparava com uma galera chegando aos poucos em frente a Casa Orates.


Só um olhar para a calçada e para o posto do outro lado da rua, onde rola o aquecimento, já é possível vislumbrar: jovens, bem trajados, autoestima em alta e copo na mão. Expectativas para noite tão em alta quanto o som batendo lá dentro. É a primeira edição do Baile do Placo.

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De lá pra cá, o baile, que é carro-chefe da Fumacê Bauru, tem se consagrado na cidade, com periodicidade de uma média bimestral entre um baile e outro, e se prepara agora para a edição comemorativa de 1 ano, com uma estrutura bem maior do que a primeira.


Desses jovens bem trajados, vale ressaltar a linha que os assemelha: são jovens negros, periféricos, LGBTs, que compõem as margens sociais e geográficas da cidade. De diversos bairros e vivências plurais, é o público pelo qual o baile foi criado e idealizado.


Pensado pela Tabacaria Fumacê e uma galera firme, com o coletivo RPretas, quando ainda nem éramos um coletivo, o Baile do Placo tem como premissa ser uma festa acolhedora e que faça jovens como nós se sentirem livres para ser quem são sem culpa no espaço. Até o nome “Placo”, referência à música de mesmo nome do Rincon Sapiência com o grupo NGKS, foi escolhido a dedo na intenção de o consolidar enquanto um lazer pra quem tá na correria diária, fazendo acontecer à sua maneira, ou seja, no “corre do placo”. É uma festa criada de nós para nós e que ocorre no centro pela intencionalidade de ocupar espaços, trazer as margens pro meio pra dar tapa no vento sem medo.


Quem faz, quem dança e quem segura a pista...


O som da noite também fica no comando de quem sabe das coisas. Funk, vertentes do rap e pop fazem a festa, liderados por seletoras majoritariamente mulheres e pretas. Jéssica Bayo é residente de funk nas festas idealizadas pela Fumacê. Para ela,

“ser dj de funk, mulher lgbt e preta, é dar voz pras mulheres, tipo, em um ambiente majoritariamente masculino como são a maioria dos ambientes que frequentamos, ter voz, no sentido de comandar o som, colocar funks que também respeitam as mulheres, que colocam elas numa posição de voz, onde eu toco mc dricka, pocahontas, Mc Rebecca que são mulheres fortes e que mandam na porra toda, isso é importante. Lembrar sempre as mulheres de que elas também estão no comando.”

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Na edição de comemoração de 1 ano, junto à Bayo, Mmoraesss e DJ Deni completam o line up, além de pockets shows com Bronca e Brooklyn e uma performance de Santina, autora do single “A Travesti Quer um Beijo”.


O Baile do Placo 1 ano acontece nesta sexta-feira, dia 07/02, na Lótus Bauru e os convites estão à venda na Tabacaria Fumacê e com promotores, por apenas R$10. Maiores informações no evento.


Se liga nas fotos das edições anteriores! Créditos à Leticia de Maceno e Caroline Viúdes


 
 
 

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